Pesquisar neste blogue

sábado, 26 de dezembro de 2009

REFLEXÃO SOBRE A FILOSOFIA DE RICARDO REIS


Ricardo Reis tem uma filosofia baseada na autodisciplinarização, na ataraxia, numa moderação controlada. Explicando por outras palavras, este tenta evitar momentos de enorme prazer e bem estar e ainda momentos de grande dor que são consequentes de momentos prazerosos. Passa pela vida sem aproveitar muito dela, passa de uma forma discreta e continuamente silenciosa. Até que ponto isto é bom ou mau?
Por um lado mantemos sempre um ritmo de vida e de sentimentos constantes, sem que haja sofrimento e isso pode ser uma vantagem. Contudo, o facto de termos consciência da efemeridade da vida não quer dizer que nos acomodemos com o assunto e passemos impávidos e serenos perante ela.
A minha filosofia de vida é completamente contrária à do heterónimo Ricardo Reis. Por ter consciência da fugacidade da vida, e do que independemente vem para além dela, (esta passagem por cá é muito curta), tento aproveitar ao máximo os momentos que me surgem. É verdade que momentos de grande felicidade podem acarretar momentos bastante dolorosos. É de notar então, que o sofrimento consequente de uma situação de felicidade é bastante menor do que o sofrimento provocado pelo arrependimento de não ter vivido e experimentado algo. Por vezes dois dias de grande felicidade podem valer a pena em relação aos dias de tristeza que se aproximam.
Em suma, viver pode ter várias perspectivas e cada um desfruta da vida de maneira a que no final do curso do seu rio, na chegada ao mar, se sinta realizado.
Raquel Rei, 12ºAno - Turma B

Sem comentários: