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sexta-feira, 11 de março de 2011

My Fair Lady

"My Fair Lady", foi o extraordinário filme que visionámos, visto que, se insere perfeitamente num dos conteúdos leccionados - o efeito de Pigmalião.
            O filme retrata a história de Eliza Dootlittle, uma rapariga pobre que vende flores nas ruas de Londres, com o objectivo de angariar algum dinheiro.
            Eliza possui uma linguagem terrível, ou seja, nela não está incorporada a chamada " etiqueta" e boas maneiras.
            Contudo, numa das suas rotinas diárias de venda de flores, Eliza conhece um professor, aristocrata e egocêntrico de linguística e etiqueta - o professor Henry Higgins.
            Quando o professor, ouve o horrível sotaque da florista, aposta com o seu amigo Hugh Pickering que é capaz de transformar a pobre e simples vendedora de flores numa dama de alta sociedade, num curto espaço de seis meses. Tarefa difícil, pois, Eliza era de uma personalidade muito forte e não quería reconhecer a sua falta de maneiras. Uma vez que era, uma rapariga " sem papas na língua" adaptar-se à realidade regrada e tediosa da burguesia britânica não ía ser um processo, de todo fácil.
            Porém, o professor não desistiu. Com muito esforço e teimosia consegue ir transformando aos poucos, a iletrada Eliza Dootlittle numa verdadeira senhora de alta sociedade.
            Depois de infindáveis lições para aprender a falar, vestir, andar, comer, o professor Higgins ganha a sua aposta, quando numa festa de gala, um nobre, encantado com a nova e desconhecida Eliza, a descreve como uma princesa.
            O professor embevecido com a sua vitória, superestima os seus dotes educacionais, em detrimento do esforço e dedicação adoptados por Eliza, que frustrada o abandona, despertando no professor, uma paixão, tal como Pigmalião pela pedra bruta transformada numa mulher com vida.
            Neste filme, está bem patente o efeito de pigmalião. O professor acreditava mesmo que Eliza iría se transformar numa dama; ele tinha expectativas positivas relativamente à florista, tal como o seu amigo Pickering. Eliza sentiu isso, tornando-se assim, mais empenhada, no processo da sua "auto-transformação".
             
            Daí, o poder que está por detrás do desempenho humano, ser o poder da expectativa positiva, de acordo com o qual, uma pessoa dá a outra o crédito e a confiança necessárias para que esta, desenvolva e produza contribuições de valor.
            A expectativa positiva pode trazer uma diferença mágica no ambiente de trabalho, através do factor confiança, designado por "efeito de pigmalião".
            Tal como o Pigmalião da Antiguidade Clássica conseguiu transformar uma estátua numa bela e real mulher, em "My Fair Lady", um professor transforma uma vendedora de flores de mercado numa senhora de alta sociedade. É de salientar, que não foi só o professor que conseguiu transformar a florista, mas esta também partiu o "coração de pedra" do professor, fazendo-lhe perceber o que são os sentimentos.
            Não devemos esquecer, que neste filme, o mito de Pigmalião marca a sua presença. Pigmalião esculpiu no mais puro e branco mármore, uma estátua, em busca da mulher ideal, acabando por se apaixonar por ela, suplicando assim a Afrodite (deusa do amor) que desse vida à estátua, estátua esta, que idealizou e construíu pensando cuidadosamente em cada pormenor. Seu desejo foi concedido e viveram felizes para sempre.
            No filme, o professor Higgins também construiu uma nova mulher, mulher letrada, cheia de boas maneiras e encantadora, acabando por se apaixonar por ela.
            Como o escultor Pigmalião que conseguiu a transformação de um pedaço de mármore numa mulher ideal e real, aquilo que acreditamos ser capazes de fazer ou ser, e aquilo que apostamos fortemente que outras pessoas possam realizar, poderá acontecer.
            Neste filme, verificou-se a " profecia auto-realizável" - o professor acreditou que Eliza sería capaz, esta acreditou em si mesma, desencadeando-se assim, uma mudança para melhor na personalidade/atitude da ex-florista.
            Podemos mesmo dizer, que as expectativas que os outros têm de nós determinam o nosso sucesso ou fracasso.
            Contudo, não nos podemos considerar passivos neste processo. O quanto acreditamos em nós, também é determinante no nosso sucesso (também realizamos as nossas próprias profecias).
            Em suma, um filme bem construído, sem dúvida, um filme mágico, em que tudo se encontra bem empregado: as músicas na hora certa cativam a nossa atenção e um professor que se mostra antipático e egoísta mas consegue de imediato, a nossa empatia.
            A graça e delicadeza da florista pobre, que se transforma numa dama, fornecem um charme indispensável ao filme.
            Verbos como apreciar, relaxar, cantar e emocionar estão presentes em toda a duração do musical que passa assim, num breve "piscar de olhos".
            Trata-se de um filme capaz de "conquistar" e "hipnotizar" o público até ao último segundo.

Patrícia Lino 12º C

1 comentário:

Eugênia Morais disse...

Olá,Isabel.Adorei receber suas visita, e mais ainda, o seu comentário.As pessoas me visitam, mas ninguém quase gosta de escrever,o que é uma pena,rsrsrs Gostei do seu blog.Uma vez fiz um de filmes, mas acabei deletando.Tenho mania de fazer blogs, mas como não tenho tempo suficiente, acabo deixando-os encostados.Postei lá, mais um escrito inpirado na foto que vi em OLHARES, um site de fotografias do qual participo.E porque não atualizas os seus blogs?São lindos.Esse filme é muito bom, já vi duas vezes.Vou olhar o outro.Bjos e prazer em te conhecer!Fique com Deus.