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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Comentário do filme “I am Sam”


O que é ser deficiente?! O facto de uma pessoa possuir qualquer tipo de atraso mental, não significa que seja menos apta para trabalhar, casar, ter filhos, uma casa, conduzir... São pessoas normais que têm as suas limitações como todos nós temos. Se considerarmos que são deficientes por não conseguirem ter noção do perigo, do bem, do mal, das necessidades de outros, etc. então o nosso mundo está repleto deles. Os bêbedos, os drogados, os surdos, os cegos, os bebés, neste sentido, seriam todos “deficientes”. Talvez a única diferença seja a “doença” destes estar no cérebro. Pois bem, e depois?! São pessoas que têm direito è vida e a tudo de bom e mau que ela nos dá.
O Sam sofre de um atraso mental. Possui corpo de homem e cabeça de criança. Tem a mentalidade de uma criança de sete anos. Tem uma casa, um emprego, amigos e uma filha que acaba de fazer sete anos. Querem tirá-la porque dizem que ele não tem condições para a criar. Mas quais são as condições especiais, além de amor e afecto que mais se precisa?! Eu acho bom ser-se criança. Estas pelo menos dizem a verdade, choram quando o têm de fazer e principalmente são justas.
A vinculação é tudo isto. Cada pai/mãe dá aquilo de que é feito ao seu bebé. O Sam é feito de alegria, brincadeira, amor e preocupação. Talvez seja a perfeição. Mas o mais importante é a mensagem que o Sam irá transmitir à sua filha de nunca desistir das coisas, por muito impossível que pareça há sempre uma saída. O problema da questão é que a sua filha está a regredir na escola porque não quer que o seu pai saiba menos que ela. O pai é um ideal para qualquer filho e como tal, eles tendem a igualar-se. Aqui está o verdadeiro problema. O Sam seria capaz de demonstrar à sua filha que ela é a coisa mais importante e que ficaria orgulhoso em saber que ela é inteligente. Só que o Sam tem a mentalidade de sete anos. Como iria fazer entender-se?! Mas por mais difícil que seja expressarmo-nos alguém adivinha os nossos pensamentos, relação pai e filha.
Tirar um filho a um pai deve ser do pior que há no mundo. Para mim o melhor pai é aquele que percebe a necessidade do filho e sabe responder de forma firme e afectiva à sua necessidade. E acho que nisto o Sam tem todo o mérito.
Para mim não há nada melhor que um filho sentir-se desejado. Isto é raro ver hoje em dia, quando os pais “despejam” os filhos na escola o dia todo. Sendo à noite o único tempo que têm para estar com eles, que muitas vezes é compensado por uma ama. Pelo que vi no filme, o Sam nunca faltou à sua filha. Os médicos aconselham os pais a terem mais do que um filho, para fazerem companhia um ao outro. E o Sam é como um pai/irmão para a sua filha.
A conclusão que tirei é que a sociedade talvez esteja enganada. Porque quem é “deficiente” somos nós, os ditos “normais”. Somos nós que fazemos os filhos para sustentar um casamento, somos nós que os entregamos a não sei quem, somos nós que os enterramos num colégio a tirar um curso que não quer, somos nós que não falamos com eles. Os ditos “deficientes”, esses sim são pessoas “normais”, porque vivem numa sociedade que não é a deles, integram-se e depois ainda têm de se sujeitar a regras que não são para eles. Talvez sejam deficientes porque agem com o coração e não com a cabeça. E o mais importante de tudo, eles valorizam a entre-ajuda. Eis o seu sucesso!

Sara Fernandes 12º B

3 comentários:

Ana Carolina disse...

Excelente comentário =)

Anónimo disse...

ola por este pequeno resumo ...
deu me emenso jeito ,
e uma pessoa com deficiente vale mais que do que muitas outras..
obrigada

jOAna almeida 12ºE
escola secundaria de camarate-lisboa

Anónimo disse...

Excelente comentário, deu-me imenso jeito ;)

- Sara Oliveira =)