Pesquisar neste blogue

domingo, 25 de abril de 2010

"A ILHA"- CLONAGEM VS ÉTICA


“A ilha” Clonagem VS Ética
A ilha é um filme que tem como objectivo apelar aos problemas éticos e morais que a clonagem nos leva a praticar.
Encontramo-nos no ano de 2019, num grande complexo com centenas de pessoas todas elas ansiosas para sair desse mesmo lugar e ir para uma ilha prometida que lhes trará “de novo”, a liberdade e a satisfação de viver com uma vida “supostamente” normal.
O filme apresenta-nos Lincoln como um homem que, certo dia, acorda e se vê aprisionado a uma vida comandada por outros homens, no pressuposto de ser um dos poucos sobreviventes a um vírus que contaminou todo o planeta, excepto a ilha. Esta situação apresenta logo uma contradição aos costumes do homem. A liberdade e a autonomia não são possíveis às pessoas que vivem neste complexo, visto que, estão constantemente condicionadas na forma de vestir e calçar, no que devem comer e mesmo no que devem ou não sentir a nível emocional, psicológico e físico (tudo isso por serem considerados objectos e não seres racionais).
Jordan, um dos clones do complexo, é sorteada com a viagem esperada por todos. Chegara a sua hora de partir para a ilha. Mas Lincoln, que amava Jordan, sabia que ela não iria para a ilha, mas que seria morta, como acontecera com outras pessoas antes dela. Numa tentativa de a salvar, Lincoln e Jordan fogem do complexo. Depois da fuga são perseguidos numa tentativa de morte, mas Lincoln e Jordan são mais fortes do que as dezenas de polícias que os perseguem e resistem a todas as tentativas de detenção. Lincoln conseguiu mesmo que o seu “proprietário”, aquele que servira de “molde”para o seu aparecimento fosse morto por um dos polícias que estava em dúvida em saber qual era o “original” e qual era a “cópia”.
Na situação presente no filme, os dispositivos electrónicos passam a comandar a vida de todos estes clones indicando-lhes mesmo o modo como devem interagir uns com os outros. Neste complexo, todo o tipo de contacto físico é proibido, pois os clones são cópias de pessoas “lá fora” não podendo interagir entre si. E tudo isto, porque fora deste complexo há alguém que investiu uns milhares para ter o seu eu “de reserva” para ocasiões em que seja necessário um fígado, um olho ou mesmo um coração novo, mesmo que para isso, seja necessário destruir a vida de uma pessoa, que não era um robô, mas sim um ser humano racional.
A ambição desmedida de se tornar perfeito e imortal a qualquer situação pode levar o Homem a construir um clone. Esse clone resolveu um dos seus problemas e foi deitado fora como se de um objecto se tratasse. Mas esse clone não resolveu todos os problemas e surge a necessidade de construir um outro clone. Esse clone colmatou mais um problema, mas o homem sente necessidade de construir mais um, e ainda outro, perdendo a noção dos limites entre o que a ciência nos pode proporcionar e os problemas éticos e morais que pode causar com as suas atitudes.
Na actualidade, a situação vista no filme não acontece e ainda está muito distante a possibilidade de a clonagem reprodutiva, produzindo um ser humano completo, ser realizável. Este mostra-nos um ponto drástico que poderemos vir a presenciar com a clonagem, pois o Homem faz qualquer coisa para sobreviver, nem que para isso seja necessário destruir outras vidas, para o seu bem.
Mélanie Lopes, 11ºB

3 comentários:

Eric disse...

Eu, como um aventureiro de blogs, sei como um comentário é bom de se ler, logo, deixo meus elogios ao blog, está muito interessante. Vou acompanhar e comentar sempre que possível.

Isabel disse...

Obrigada Altroz por achar o blog interessante. Também sou uma curiosa de blogs, sobretudo os que se relacionam com filosofia, literatura e poesia.
Cumprimentos.

Ana Carreiro disse...

Muito bom o texto, mas temos de ter em mente que o filme também leva as coisas um bocado ao extremo, tal como dizes no final, e a clonagem também tem os seus pontos positivos.. não necessariamente um clone de um individuo completo, mas realizar clones de órgãos será um ponto de partida para curar-se muitas doenças. por isso há que abrir a mente das pessoas não apenas para verem os pontos negativos, mas tambem o positivos.