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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

MÃOS DO SAPATEIRO


No clandestino recanto
em que sentado labuto
os pespontos do meu canto,

neste perdido reduto
em que as mãos amadurecem
a peça que fugirá
das mãos dos que não merecem
para andar ao deus-dará
num universo de espanto

em que o amor vai curtido,
calado, surdo, tingido
de uma cor que é o sentido
da salvação que acalento

aqui me caio e levanto

in... O Livro do sapateiro - Pedro Tamen, Dom Quixote

2 comentários:

Lia disse...

Poema cheio de ritmo.Fantástico!

isabel disse...

Penso que o título do poema não é este. Ouvi o poema na Antena2 e gostei. O livro deste autor saíu há dias.
Isabel