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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

FAMÍLIA ii


A evolução das famílias

«Sofrendo o impacto da modernização da sociedade portuguesa, a vida familiar regista algumas mudanças assinaláveis. Salienta-se a diminuição da dimensão média da família e o aumento dos agregados de pessoas sós ou o decréscimo dos agregados numerosos e das famílias complexas. Por outro lado, como reflexo provável da descida e adiamento da fecundidade, do aumento do divórcio ou do envelhecimento populacional, diminuem as famílias de casal com filhos e aumentam as de casal sem filhos e as monoparentais.»

Sofia Aboim, "Evolução das estruturas domésticas (Dossiê «Famílias no censo 2001: caracterização
e evolução das estruturas domésticas em Portugal»)" in Sociologia — Problemas e Práticas, n.º 43, Janeiro de 2004


A família em mutação


«A família actual já não corresponde ao esquema tradicional enaltecido pela sociedade industrial. As gerações já não coexistem sob o mesmo tecto, e a importância da autoridade paterna decresce à medida que se impõe a afectividade como valor essencial. Não existe desagregação, mas a mutação profunda da família que, não se limitando a um modelo único, antes se desdobra em diversas modali­dades de que não tínhamos, até agora, nenhuma experiência.
As transformações do nosso século modificaram profundamente o tecido social. (...) O emprego das mães, por exemplo, retira-lhes tempo para consagrar à família. (...) Como corolário aparece o novo pai, mais à vontade nas tarefas que, outrora, eram estritamente da alçada da mãe, como os cuidados prestados ao bebé.»
Jean-Pierre Pourtois, Hugutte Desmet e Christine Barras, "Educação Familiar e Parental" in Inovação, vol. 7, 1994

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