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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Substituir pessoas será possível?

Hoje fala-se muito de clonagem, das suas vantagens e das suas desvantagens, mas será mesmo possível substituir alguém? Ainda não foi completamente demonstrado que sim e, na minha opinião, o homem não devia interferir dessa maneira no curso da vida. Clonar alguém é, de certa maneira, um roubo da identidade de uma determinada pessoa. Só o simples pensamento de encontrar alguém com o mesmo aspecto que o meu, mas evidentemente mais jovem, é algo muito chocante pois não seria eu, mas alguém com o meu aspecto, em tudo parecida comigo, mas ao mesmo tempo completamente diferente. Alguém com a sua própria personalidade, com os seus problemas, com os seus conflitos e batalhas. O homem não deve ter o poder de criar uma vida pelas suas próprias mãos, porque ele é um simples peão e não lhe compete ter esse poder extraordinário. É algo que nos ultrapassa, não podemos simplesmente dizer: “Hoje vou clonar a mesma pessoa”. Não temos esse direito.
Mas outra face da clonagem tem a vantagem de produzir órgãos a fim de substituir os doentes. É algo maravilhoso e nesse sentido, podemos afirmar que a descoberta da clonagem, apesar de todas as imperfeições que apresenta, é uma das maiores descobertas de sempre. Para mim, a clonagem só deverá ser permitida nesse caso, quando a pessoa envolvida precisa de um órgão saudável, que lhe permita salvar a vida. Esta é a minha opinião, a única vantagem da clonagem. Pelo simples facto de se clonar um indivíduo chamado XPTO por exemplo, que está morto, não faz com que ele regresse à vida; trata-se de uma “pessoa” com o mesmo aspecto, mas com uma personalidade própria, porque o ser Humano não é substituível.
Agora respondendo às perguntas, “Uma pessoa que sai pela última vez da mesa de operações após várias trocas de várias partes do corpo, quem é? Quem se deita na mesa de operações será o mesmo que sai?”:
Sai exactamente a mesma pessoa, não muda nada em termos psicológicos, na personalidade, na maneira de pensar, na maneira de ser ou de estar. O que muda é a parte do seu aspecto físico, mas a pessoa continua a ser exactamente a mesma. É basicamente como quando ainda somos crianças e os nossos dentes de leite caiem ou são extraídos, depois passamos a possuir outros, é claro que esses foram gerados por nós sem a intervenção do meio externo ou de terceiros (em ambos os casos existe uma perda). A única diferença para a mesa de operações é que os órgãos (por exemplo) não são nossos ou melhor não são gerados por nós e a única consequência disso é uma rejeição da parte do nosso corpo. Mas nós continuamos exactamente a mesma pessoa a nível psicológico; é claro que a nível físico poderá existir uma pequena diferença, mas a nossa personalidade não muda.

Sofia Almeida nº 6 12º A

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