
O homem não é uma coisa; é um ser vivo envolvido num processo contínuo de desenvolvimento. Em cada momento da sua vida, ele ainda não é o que pode ser e o que ainda pode vir a ser.
Relativamente à questão:”o homem será um produto da razão ou um produto do desejo?”, sou levado a responder que o homem é um produto da razão e um produto do desejo. Esta minha convicção assenta essencialmente no seguinte:
O desejo consistirá neste caso numa vivência sexual realizada, de sentir vontade de tocar e ser tocado por quem nos sentimos atraídos. Contudo entre o desejo e a acção existem motivações, vontades e intenções. O homem, ao contrário dos outros animais, leva a cabo as acções com base em objectivos e decisões. O homem empenha-se para manter a ligação entre a intenção e a acção que executa. Para o homem, o outro homem, seu descendente é, normalmente, produto de uma vontade de reflexão, de análise de consequências, em suma, de uma intencionalidade. O homem é um ser consciente e dado a esse facto, preocupa-se pela organização das suas próprias sensações, dispões da faculdade de projectar as consequências dos seus actos num futuro mais ou menos próximo, contudo, o homem pode em determinadas circunstâncias não ponderar devidamente os seus actos, não ponderar devidamente a consequência dos seus actos deixar que a força da emoção supere a da razão e acontecer que um homem seja produto do desejo. Em boa verdade o homem por mais que tenha evoluído não deixou e provavelmente nunca deixará de pertencer ao reino animal. Esta origem poderá contribuir para que o homem seja um produto consciente do desejo e é esta convicção que me leva a crer que o homem será sempre razão e desejo.
Luís Carvalho nº11 12ºC
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