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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Terá o homem deixado de ser animal?

À pergunta quem é o homem, a resposta leva-nos directamente ao centro do problema. Se o homem fosse uma coisa então nós poderíamos perguntar o que ele é e defini-lo como definimos um objecto da natureza, ou então, um produto industrial. Mas o homem não é uma coisa e não pode ser definido do mesmo modo que definimos um objecto. Apesar disso, o homem normalmente é visto como uma coisa, É descrito como um operário, um gerente de fábrica, um médico, etc. Mas tais descrições dizem-nos apenas qual é a função social de um indivíduo. Por outras palavras: o homem é definido em termos de seu lugar na sociedade.
O homem não é uma coisa; é um ser vivo envolvido num processo contínuo de desenvolvimento. Em cada momento da sua vida, ele ainda não é o que pode ser e o que ainda pode vir a ser.
Relativamente à questão:”o homem será um produto da razão ou um produto do desejo?”, sou levado a responder que o homem é um produto da razão e um produto do desejo. Esta minha convicção assenta essencialmente no seguinte:
O desejo consistirá neste caso numa vivência sexual realizada, de sentir vontade de tocar e ser tocado por quem nos sentimos atraídos. Contudo entre o desejo e a acção existem motivações, vontades e intenções. O homem, ao contrário dos outros animais, leva a cabo as acções com base em objectivos e decisões. O homem empenha-se para manter a ligação entre a intenção e a acção que executa. Para o homem, o outro homem, seu descendente é, normalmente, produto de uma vontade de reflexão, de análise de consequências, em suma, de uma intencionalidade. O homem é um ser consciente e dado a esse facto, preocupa-se pela organização das suas próprias sensações, dispões da faculdade de projectar as consequências dos seus actos num futuro mais ou menos próximo, contudo, o homem pode em determinadas circunstâncias não ponderar devidamente os seus actos, não ponderar devidamente a consequência dos seus actos deixar que a força da emoção supere a da razão e acontecer que um homem seja produto do desejo. Em boa verdade o homem por mais que tenha evoluído não deixou e provavelmente nunca deixará de pertencer ao reino animal. Esta origem poderá contribuir para que o homem seja um produto consciente do desejo e é esta convicção que me leva a crer que o homem será sempre razão e desejo.

Luís Carvalho nº11 12ºC

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