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sábado, 9 de janeiro de 2010

ADMINISTRAÇÃO DAS IMPRESSÕES


" O mundo todo é um palco, e todos os homens e mulheres são meros actores", observou Shakespeare. As pessoas controlam frequentemente as imagens que projectam, "administrando" gestos, expressões e tons de voz. Por vezes temos consciência do que estamos a fazer; outras vezes enfatizámos simplesmente uma faceta da nossa personalidade complexa. Os psicólogos chamam a esse fenómeno administração das impressões. Dependendo dos seus objectivos, as pessoas seleccionam entre as seguintes tácticas:
A persuasão destina-se a conquistar afecto, convencendo outra pessoa que se é atraente. O sedutor pode comportar-se de maneira que confirma a boa opinião que o outro tem, ou expressam concordância com os interesses, atitudes ou valores de alguém.
A intimidação cria a imagem de se ser perigoso, com o objectivo de se obter poder, despertando medo. Pais, professores e assaltantes de banco contam, até certo ponto, com essa técnica.
Com a autopromoção, as pessoas mostram-se competentes ou habilidosas em conquistar, em ganhar respeito. Admitir pequenas falhas pode aumentar a credibilidade. Uma variante, a auto-incapacitação, envolve apresentar antecipadamente desculpas, no sentido de se proteger contra futuras falhas. Um atleta pode parar de treinar antes de um evento importante a fim de
atribuir à falta de treino uma exibição fraca. Para amenizar resultados negativos, pessimistas defensivos fixam expectativas baixas e aumentam os seus esforços.
A exemplificação requer a apresentação de uma imagem de integridade ou moralidade para ganhar respeito ou produzir culpa: "Continuarei a trabalhar na hora do almoço, pois sei que quer que eu termine este trabalho." Os mártires e líderes que usam a exemplificação falam frequentemente do seu sofrimento.
A súplica envolve o anúncio de fraquezas de dependência: "Sou desajeitado"; "Tenho um problema nas costas". O suplicante pode estar a procurar compaixão ou a tentar livrar-se de uma tarefa indesejada.
Embora pareçamos confiar muito numa ou duas técnicas preferidas, provavelmente usamos todas as estratégias, podendo até utilizar várias simultaneamente.

Davidoff, L.L., Introdução à Psicologia, Makron, p. 638 (in Dossier do Aluno, Psicologia B - Ser Humano, Porto Editora)

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