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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PARA ONDE CAMINHAS, TOLERÂNCIA?


Nos tempos actuais vive-se a uma velocidade louca, numa constante azáfama que implica um grande stress nas pessoas, levando-as a ser pouco ou nada tolerantes. O mundo sem tolerância é um mundo pouco justo, onde todos os males podem levar à consequente vingança, criando guerras que não beneficiam nem nunca beneficiaram quem quer que fosse.
A falta de tolerância é regular em decisões sociais e políticas, tornando as pessoas capazes de atitudes e posições que em nada dignificam quem as toma, e que somente prejudicam (ainda mais), os já de si, considerados desfavorecidos.
A virtude de ser tolerante acarreta respeito e valorização do próximo, dignificando-o enquanto ser humano que é, livre de tomar as decisões e opções que quiser, e de ter os seus valores e crenças, pois quando há interesses que se sobrepõem, muitas pessoas revelam o seu desrespeito e egoísmo, ao não olhar para o(s) meio(s) necessário(s) para atingir o fim pretendido.
Todos temos direitos e deveres, e apenas se nenhum deles for omisso, a tolerância poderá dar resultado. O bom senso, a capacidade de perdoar, de avaliar as situações em que cada um se encontra, tomando também a sua posição, tudo baseado em racionalidade, faz parte de um conjunto de características que todo o cidadão deveria ter. Infelizmente assim não o é, e em parte por culpa da natureza deste mundo, que não tornou o ser humano capaz de semelhantes coisas, que não deu nem dá a todos as mesmas condições, sejam intelectuais, monetárias, ou até físicas.
Num mundo onde as culturas variam de país para país, a tolerância tem que ver com o moralmente correcto ou incorrecto para a sociedade em que estamos inseridos. Isso passa por respeitar tradições, rituais, ou pequenos hábitos, vindos de tempos passados, como o uso do hijab (véu islâmico), por parte de toda e qualquer mulher islâmica, pois para ela isso é visto como algo que a dignifica, que impõe respeito, porque faz com que seja conhecida pelo espírito e não pela aparência. Já castigos duros como a morte para homossexuais, apenas porque o são, como acontece nos países muçulmanos, são sinais de uma extrema intolerância, pelo menos para nós, ocidentais. A crucificação da homossexualidade pode ser feita de várias maneiras, mas nunca afectando directamente quem o é. Podemos escrever, podemos dizer, o que achamos, pois de falar ninguém é impedido. Mas a tolerância deve sobrepor-se à nossa opinião, seja ela qual for, pois, supostamente, cada um deve ser livre de ter as suas opções.
Pede-se paz para o mundo, mas a verdade é que muita gente não sabe o que isso é. Nasceram e cresceram num país violento, onde toda a gente passa por cima de qualquer um, do género “salve-se quem puder”, mas a verdade é que a essa gente deveria pedir-se tolerância. Ensiná-los a ser tolerantes, explicar-lhes o que isso é.
Apelar ao bom senso de cada um, é apelar à tolerância. Apelar à tolerância, é pedir paz, respeito pelas decisões de cada um e respectivos pontos de vista. Só teríamos a lucrar com isso, porque ser tolerante também é saber ver que uma opinião, mesmo não fazendo a generalidade do senso comum, deve merecer uma reflexão, colocando sempre a possibilidade de esta ser (a) mais correcta, tal e qual o que acontece com as sucessivas evoluções da investigação científica, pois a tolerância não é impeditiva de evolução, ao contrário do que possam pensar os mais extremistas, mais rebeldes.
Ser tolerante é ser sábio, mostrar racionalismo, conhecimento, e sobretudo, apoiar uma evolução gradualmente benéfica para todos, é este o caminho a seguir.
Ricardo Laranjeira -12ºB

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