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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Poesia


A MORTE VIVE
Sinto horror
cada vez que penso que posso pensar
e não ser mais feliz por isso, mas menos.
Ter consciência…é não ser sensato
mas viver agrilhoado a ideias, respirar por conceitos, transpirar filosofias;
exsudar teorias, vãs tolices!
Porque o momento é que conta e não o sentido do momento.
A minha existência é que é o verdadeiro Ser,
- pelo menos o meu –
e não a essência formal, a quididade da vida.
Viver, viver, viver e apenas viver,
porque a morte é o que penso dela
e eu que penso tanta coisa, não penso nada,
como a morte que não é nada, apesar de eu viver com a consciência dela.
27/03/1996
António Paulo Gomes Rodrigues

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