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sábado, 31 de outubro de 2009

PAISAGEM DE ALDEIA COM LUZ MATINAL


"O quadro Paisagem de Aldeia com Luz Matinal (A árvore Solitária), de Caspar David Friedrich pode parecer à primeira vista bastante realista. No entanto, a composição não é produto de uma única impressão visual específica. (...) De formato paisagístico apresenta uma planície que se estende sem obstáculos até ao fundo, vista como se o espectador estivesse sobre a pequena elevação que começa nos cantos inferior esquerdo e direito. A partir deste ponto, podemos contemplar um pequeno lago - sem caminho que a ele conduz - e um enorme carvalho que, à primeira vista, parece estar bem perto. No entanto, logo que nos apercebemos também da pequena figura de um pastor encostado ao tronco, a árvore parece, subitamente estar mais afastada e, logo, ser gigantesca. Os aspectos relativos à proximidade e distância estão constantemente em oposição por todo o quadro, pelo que a experiência racional do dia-a dia é deturpada pela irracionalidade visual. Enquanto um idílio de natureza intacta se desdobra em volta do carvalho e do pastor, as aldeias e os pináculos da igreja local, erguidos pelo homem, ficam dessa forma, ocultos e comprimidos pelas montanhas e o céu no interior de um vale. Tudo isto aponta para um simbolismo geral em que o carvalho, elevado à categoria de protagonista, é uma metáfora do crescimento e decadência ou da vida humana em geral: quando o homem se entrega a esses factores elementares, como fez o pastor, pode emfim alcançar a harmonia e a paz."

Caspar David Friedrich, Juliane Steinbrecher - Taschen

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PROJECTO DO GENOMA HUMANO


O Projecto do Genoma Humano


Poder-se-á encontrar a cura para doenças, actualmente, incuráveis? Será possível salvar vidas humanas numa maior escala? Será possível criar uma pessoa em laboratório? Como é que esta seria vista pela sociedade? Será que queremos saber, que um dia mais tarde, vamos desenvolver uma doença? Que implicações é que isso teria na nossa vida? O estudo do Genoma Humano pode, eventualmente, responder a estas questões.
Os cientistas têm, nos últimos anos, trabalhado no Projecto do Genoma Humano, tendo já conseguido alcançar bons e amplos resultados, como por exemplo: a descoberta de mais de 1800 genes provocadores de doenças. Este projecto tem como principal objectivo o mapeamento dos genes, ou seja, o seu registo e organização.
Existem múltiplas vantagens no uso dos conhecimentos adquiridos sobre o Genoma Humano, pois poder-se-ia detectar se uma pessoa está predisposta a sofrer de cancro, por exemplo, e assim, o tratamento seria mais eficaz. Podemos acrescentar que o conhecimento do Genoma Humano possibilitaria encontrar enfermidades graves num embrião e corrigi-los. Todas estas vantagens traduzem-se no aumento da esperança média de vida.
Mas, o Projecto do Genoma Humano não acarreta só vantagens, apresenta, também, desvantagens. Do ponto de vista moral e ético poder escolher as características dos embriões não é aceitável, uma vez que não vai permitir que exista uma regularidade na continuação da espécie humana. Aos olhos da sociedade, em geral, não é admissível que se possa criar um ser, que se possa escolher as características, por exemplo: a cor dos olhos ou do cabelo. É como se a vida humana fosse uma tela, na qual o pintor pode colocar as cores que quer. A juntar a estas desvantagens temos a perda da individualidade aliada a vários problemas que podem surgir no quotidiano. A título de exemplo, se for possível diagnosticar que um indivíduo poderá desenvolver uma determinada doença, este poderá ter mais dificuldade em fazer um seguro de vida e até encontrar emprego. É como se a vida de cada um fosse controlada pelo ADN.
Coloca-se então uma questão fundamental, é ou não favorável proceder ao estudo do Genoma Humano e utilizar as suas descobertas? Quanto a isto, não temos, ainda, uma resposta concreta, só o tempo e a ciência o dirão! Existem muitas vantagens, mas não podemos esquecer as múltiplas desvantagens!

Alexandra Neves n.º1
Carla Correia n.º7
Patrícia Fernandes n.º21
Samanta Cristóvão n.º23

Turma 12ºC

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VERTIGEM AMERICANA

Para descontrair....


"Para onde vai a América?

Em direcção ao destino imperialista que predizem os que a odeiam? Em direcção ao horizonte democrático que encarna aos olhos dos seus amigos? Ninguém fica indiferente perante este país colossal, ferido e contraditório, este país-conceito cujos símbolos, nobres ou infames, estão sempre presentes sob a batuta da imprensa internacional.

Numa tentativa de compreender a nova América, Bernard-Henri Lévy foi convidado pela revista Atlantic Monthly a refazer, 172 anos depois, os passos do seu conterrâneo Alexis de Tocqueville que, em 1831, sob o pretexto de estudar o sistema presidiário, analisou todos os aspectos da sociedade americana, viagem que deu origem à obra-prima Da Democracia na América.

Durante um ano, entre a campanha eleitoral que reelegeu George Bush, em 2004, e o Verão de 2005 quando o furacão Katrina assolou Nova Orleães, Bernard-Henri Lévy percorreu mais de 20.oookms de Norte a Sul do país visitando muitas prisões, entre as quais Guantámano, entrevistando ricos e famosos como Woody Allen, Warren Beatty, Sharon Stone, Noman Mailer, George Soros e seguindo os passos de personalidades que tanto vincaram a América como Hemingway, Jack Kerouac ou Martin Luther King.

Vertigem Americana é um livro flexivel e caloroso num registo perspicaz e divertido que medeia entre o jornalístico e o raciocínio filosófico. Um Tocqueville dos Tempos Modernos. Uma obra imprescindível."


Vertigem Americana, Bernard-Henri Lévy (Prefácio de Diogo Freitas do Amaral), Asa Editores

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ELEMENTOS BÁSICOS DE FILOSOFIA


" Agora numa nova edição, esta é uma das mais bem sucedidas introduções à filosofia editadas nos últimos tempos. Numa linguagem clara, precisa e despretensiosa, esta obra introduz de forma estimulante os seus leitores no mundo fascinante da filosofia. Cada capítulo aborda uma disciplina filosófica, da ética à filosofia da ciência, passando pela filosofia da religião e pela epistemologia, pela filosófia política, pela filosofia da mente e pela filosofia da arte. Questões como a natureza da própria filosofia, a existência de Deus, a vida após a morte, a liberdade de expressão, a distinção entre corpo e mente, a natureza da ciência, a definição da arte, entre outras, são aqui apresentadas de forma bastante apelativa e discutidas criticamente.

Nesta segunda edição portuguesa (quarta edição inglesa), Warburton acrescentou secções em vários capítulos, reviu outros e actualizou a lista de leituras complementares.

Se alguma vez quis saber se o mundo é realmente como pensa que é, então é o livro indicado para si.

Essencial para estudantes de filosofia, esta obra é também do máximo interesse para estudantes de direito, teologia, ciências naturais, psicologia e artes, para além de constituir uma excelente fonte de reflexão para o público em geral, pois mostra como pensar rigorosamente e sistematicamente sobre temas que a todos interessam, como a eutanásia e a democracia."
Elementos Básicos de Filosofia, Nigel Warburton - Gadiva, Colecção Filosofia Aberta

sábado, 24 de outubro de 2009

DICIONÁRIO DE FILOSOFIA - SIMON BLACKBURN


"A filosofia é o pensamento humano autoconsciente. Os seus tópicos são a vida, o universo e todas as coisas: pode incluir todas as categorias de pensamento religioso, artístico, científico, matemático e lógico. Este Dicionário de Filosofia é o registo de alguns dos termos que animam tal reflexão considerados proveitosos na sua condução.
Qualquer contacto com a história da filosofia mostra quão intimamente os seus interesses se fundem com os interesses de áreas que têm outras designações académicas: literatura, física, psicologia, sociologia e teologia. Na verdade, a separação da filosfia como disciplina autónoma pode parecer um produto da administração académica, e não um reflexo de uma divisão clara entre usar um conceito e pensar sobre ele. Senti-me por isso livre para introduzir a terminologia de outras ciências, sempre que essa terminologia estivesse fortemente implantada na discussão filosófica. Por exemplo, ao estudar o problema ético do aborto na literatura filosófica contemporânea, pode deparar-se a alguém uma menção casual aos zigotos e à meiose, com tanta certeza como pode deparar-se-lhe a doutrina do efeito duplo ou a doutrina dos actos/omissões. Alguém interessado na realidade física pode precisar de saber o conteúdo do teorema de Bell, ou em que consiste a experiência mental de Einstein-Podolsky-Rosen: neste, como noutros casos, tentei ajudar o leitor. Tentei igualmente ser generoso com pensadores de áreas e tradições vizinhas, se bem que exista inevitavelmente um certo grau de arbitrariedade. Addison, Blake e Pope foram provavelmente pensadores filosóficos tão significativos quanto muitos dos estudiosos incluídos, mas foram excluídos; em contrapartida, Carlyle, Coleridge e Dante foram incluídos. Procurei sobretudo incluir os grandes cientistas cujo o trabalho provocou grandes mudanças na filosofia: Boyle e Faraday, tal como Galileu, Newton, Darwin e Einstein".

Simon Blackburn
A obra de referência rápida mais precisa, abrangente e actual na área da filosofia.
2648 entradas, perfazendo mais de 275 mil palavras.
Cobre a filosofia indiana, chinesa, islâmica e judaica.
Abarca todos os aspectos da filosofia, incluindo o sexo, a apatia, o riso, as cócegas e o sentido da vida.
Inclui termos filosoficamente relevantes da matemática, linguística, física, biologia e inteligência artificial, para além do direito, teoria da decisão, economia e sociologia, sem esquecer a teologia e a arte.
Quase 500 entradas biográficas, que incluem desde os pré-socráticos menos referidos até à figuras contemporâneas mais conhecidas como Derrida, Foucault, Rorty, Heidegger, Simone de Beauvoir, Luce Irigaray, etc., sem esquecer filósofos tradicionais como Frege, Russell, Carnap, Wittgenstein, Quine, Goodman, Ralws ou Kripke.
Inclui um apêndice sobre símbolos lógicos, uma cronologia e, especialmente para esta edição, um glossário inglês-português.
Um eficaz sistema de referências cruzadas conduz o leitor de conceito em conceito, numa excitante aventura de descoberta intelectual e enriquecimento cultural.
2ª edição: Outubro de 2007

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

MENTE, HOMEM E MÁQUINA


"Podem as máquinas pensar? É este o tema central do livro, Mente, Homem e Máquina de Paul T. Sagal, que se lê com o prazer de um romance, sem que o rigor científico seja, no entanto, sacrificado. Escrito sob a forma de um diálogo vivo entre um estudante, um filósofo e um matemático, constitui uma excelente introdução aos problemas levantados pela inteligência artificial. Fundamental para os estudantes de filosofia, informática e engenharia da linguagem e do conhecimento, Mente, Homem e Máquina será do agrado de todos quantos se interessam por computação e gostariam de saber como enfrentam os filósofos os problemas da inteligência artificial."


Mente, Homem e Máquina, Paul T. Sagal, Gradiva -Colecção Filosofia Aberta

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

GENOMA HUMANO


“ Um dos maiores desafios da ciência contemporânea consiste na análise da estrutura do ADN humano com o objectivo de se constituir um mapa com a posição dos cromossomas que constituem os genes humanos, isto é, o genoma humano”.
O projecto do Genoma Humano é um vasto trabalho de investigação de âmbito mundial que envolve diversos países, iniciado nos Estados Unidos da América em 1990, e que conta com mais de cinco mil cientistas distribuídos em duzentos e cinquenta laboratórios dedicados ao seu estudo.
Até aos anos oitenta, pensava-se que a catalogação dos genes envolvidos nas funções e disfunções se fazia a partir de uma diferença observável, da qual se deduzia uma causa genética.
Todavia, tal revelou-se insuficiente, o que, na década de noventa levou ao desenvolvimento do Projecto do Genoma Humano. O seu objectivo era mapear o posicionamento dos genes nos pares de cromossomas, sequenciando os seus nucleótidos, (isto é, a leitura letra a letra das instruções dos genes).
Há quem pense que o Projecto do Genoma Humano traz consigo a chave para todas as doenças e todas as curas, dado que a intenção deste é fazer um censo completo de todos os genes e enquadrá-los na arquitectura dos cromossomas, de modo a que a informação daí retirada seja útil para o futuro.
A investigação ao permitir a identificação de genes responsáveis por certas doenças tem uma importância médica muito grande, pois permite identificar o erro genético causador de uma dada doença e prevenir outras que ainda não se manifestaram.
Contudo, este estudo pode acarretar alguns problemas, na medida em que as informações do genoma humano podem servir para aumentar o domínio das instituições sobre os indivíduos. Imagine-se que uma determinada empresa utiliza a informação genética para com ela seleccionar a sua rede de trabalhadores. No fundo, o indivíduo torna-se prisioneiro do seu próprio ADN! Como viverá uma pessoa que sabe que é portadora de genes que propiciam determinado tipo de cancro, por exemplo?
O Projecto do Genoma Humano veio permitir as seguintes descobertas: os seres humanos possuem entre trinta mil a quarenta mil genes. Muito menos do que o esperado, se comparado a uma lesma que tem dezoito mil e à mosca da fruta com treze mil genes. A diferença entre o ser humano e os outros seres é que os nossos genes trabalham de maneira diferente. O que faz a diferença entre as pessoas não são especificamente os genes mas o que resulta da complexidade das suas relações.
O Genoma Humano constitui assim, um grande passo da Ciência actual, mas para o qual devemos olhar sempre com algum sentido crítico.

Trabalho realizado por: Antea Gomes, Denis Gachter, Patrícia Cruz, Tânia Fernandes. 12ºAno - Turma C

A ARTE DE ARGUMENTAR


O livro: " A Arte de Argumentar" ensina a avaliar e redigir ensaios argumentativos, permitindo ao leitor não só exprimir e defender bem as suas ideias, mas também impedi-lo de se deixar adormecer pela retórica dos maus argumentos, infelizmente comuns nos mais diversos domínios. A Arte de Argumentar oferece-lhe, pois, a possibilidade de exercer com clareza e rigor as suas capacidades críticas.

Utilizada em mais de trezentas escolas americanas, esta obra é fundamental para os estudantes de filosofia do ensino secundário e superior, bem como de quaisquer cursos que exijam a redacção de ensaios e a defesa de teses. Será também do interesse de jornalistas, políticos, advogados e todos os profissionais que têm que escrever relatórios conducentes à tomada de decisões.


A Arte de Argumentar, Anthony Weston - Filosofia Aberta, Gradiva.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

QUE QUER DIZER TUDO ISTO?


"Qual o sentido da vida? E a natureza da morte? Quais os fundamentos da ética? Existe mundo exterior? Seremos realmente livres?«Escreve-se acerca destes problemas há milhares de anos, mas a matéria - prima filosófica vem directamente do mundo e da nossa relação com ele, e não de escritos do passado», afirma Thomas Nagel na introdução do seu livro.

Fiel à melhor tradição filosófica, Thomas Nagel oferece-nos uma esplêndida introdução aos principais problemas, teses e argumentos da filosofia, colocando a ênfase na capacidade de levantar questões, traçar distinções e formular hipóteses, exercendo assim a faculdade crítica da razão, que é, afinal, a própria função da filosofia".


Que Quer Dizer Tudo Isto? Uma Iniciação à Filosofia, Thomas Nagel,
Gradiva - Colecção Filosofia Aberta

domingo, 18 de outubro de 2009

PROPOSIÇÃO


O pensamento literalmente expresso por uma frase declarativa. Diferentes frases ou afirmações podem exprimir a mesma proposição: «Lisboa é uma cidade» e «Lisbon is a city» exprimem a mesma proposição.

Proposição categórica - Tradicionalmente aquelas proposições da forma sujeito - predicado prefixada por um quantificador. Aristóteles distinguiu quatro tipos de proposições categóricas:


Tipo A: Universal Afirmativa: Todo o S é P; Todos os filósofos são inteligentes.

Tipo E: Universal Negativa: Nenhum S é P; Nenhum filósofo é inteligente.

Tipo I: Particular Afirmativa: Algum S é P; Alguns filósofos são inteligentes.

Tipo O: Particular Negativa: Alguns filósofos não são inteligentes.


Contudo, as proposições de tipo A e E são, na verdade, condicionais quantificadas.
Dicionário Escolar de Filosofia, Organizado por Aires Almeida, Plátano Editora

FRASE


Uma sequência de palavras susceptíveis de serem usadas para fazer uma asserção ou uma pergunta, dar uma ordem ou exprimir um desejo. Um conjunto de palavras como «Se a neve é» não é uma frase. Uma frase interrogativa faz uma pergunta. («Será que Deus existe?»), uma frase imperativa dá uma ordem («Não te atrevas a discordar de Kant!»), uma frase declarativa faz uma afirmação («O aborto deve ser totalmente proibido»). Só as frases declarativas exprimem proposições, mas nem todas as frases declarativas exprimem proposições; uma frase declarativa como « As ideias verdes dormem furiosamente juntas» não exprime qualquer proposição. Não se deve confundir frase com PROPOSIÇÃO.


Dicionário Escolar de Filosofia, Organizado por Aires Almeida, Plátano Editora.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009