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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

VIDAS FILOSÓFICAS


Sócrates (470-399 a.C.)
Sócrates foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da actual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles (Alguns historiadores afirmam só se poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.). Os diálogos de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia colocava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo. Dedicava-se ao parto das ideias (Fedro) dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação aos seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão (Apologia e Críton). Sócrates admitiu que poderia ter evitado a sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado a sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para a sua cooperação com a justiça da pólis e com os seus próprios valores mostra uma valiosa faceta da sua filosofia, em especial aquela que é descrita nos diálogos com Críton.
Sócrates casou-se com Xantipa, que era bem mais jovem que ele, e teve três filhos: Lamprocles, Sophroniscus e Menexenus. O seu amigo Críton criticou-o por ter abandonado os seus filhos quando ele se recusou a tentar escapar antes de sua execução, mostrando que ele (assim como seus outros discípulos), parece não ter entendido a mensagem que Sócrates tenta passar sobre a morte (Fédon), antes de ser executado.
Não se sabe ao certo qual o trabalho de Sócrates, se é que houve outro além da Filosofia. De acordo com algumas fontes, Sócrates aprendeu a profissão de oleiro com seu pai. Na obra de Xenofonte, Sócrates aparece declarando que se dedicava àquilo que ele considerava a arte ou ocupação mais importante: maiêutica, o parto das ideias. Platão afirma que Sócrates não recebia qualquer pagamento pelas suas aulas. A sua pobreza era prova de que não era um sofista.Algumas curiosidades: Sócrates costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de tomar banho. Em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse a fazer, ficando imóvel por horas, meditando sobre algum problema. (in Wikipedia)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

PROBLEMAS DE LÓGICA


1- Identifique a seguinte falácia:
Como pode dizer que eu reprovo? Eu estava mais perto da positiva e, além disso, estudei 16 horas por dia.

2- Mostre o que está errado na seguinte pergunta:
Por que não aceitas o conselho daquele jovem elegante e bem parecido?

Resolução dos problemas do número anterior
1 – Mostre o que está errado com a seguinte pergunta:
Apoias a liberdade e o direito de andar armado?
Trata-se da falácia da pergunta complexa. Dois tópicos sem relação, ou de relação duvidosa, são conjugados e tratados como uma única proposição. Pretende-se que o auditório aceite ou rejeite ambas quando, de facto, uma pode ser aceitável e a outra não. Trata-se de um uso abusivo do operador "e".
2 - Identifique a seguinte falácia:
Se eu abrir uma excepção para ti, terei de abrir excepções para todos.
Trata-se da falácia da derrapagem (bola de neve). Para mostrar que uma proposição, P, é inaceitável, extraiem-se consequências inaceitáveis de P e consequências das consequências... O argumento é falacioso quando pelo menos um dos seus passos é falso ou duvidoso. Mas a falsidade de uma ou mais premissas é ocultada pelos vários passos "se... então..." que constituem o todo do argumento.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

POESIA



Já não quero andar só – cada vez que caminho com pés de vida;
Já não suporto mais solilóquios.
Mas cada vez mais a minha companhia é a sombra da minha companhia
- eu sou o homem que não tem direito a sombra.
Caminho, mãos nos bolsos, cabisbaixo
olhando as profundezas da calçada,
retirando a filosofia do alcatrão,
a metafísica da luz eléctrica,
a ciência dos passos ocos
que ecoam nas profundezas da minha alma
- ainda estás aí? –
Aqui estou, miseravelmente aqui
enquanto a minha vontade alada se foi e nunca mais a vi.
Eu… Quem sou? – Já não há filosofia que me responda,
só a filosofia de estar aqui
chorando lágrimas – como se sofresse,
como se sofrer fosse a única coisa que soubesse fazer.

05/05/1995
António Paulo Gomes Rodrigues