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segunda-feira, 9 de junho de 2008

GLOSSÁRIO DE FILOSOFIA

A priori / A posteriori
1. Uma distinção entre modos de conhecimento. Conhecemos a priori uma dada proposição quando não recorremos à experiência para a conhecer. Por exemplo, uma pessoa sabe a priori que 23 + 12 = 35 quando faz um cálculo mental, não recorrendo à experiência. Conhecemos a posteriori uma dada proposição quando recorremos à experiência para a conhecer. Por exemplo, uma pessoa sabe a posteriori que o céu é azul quando olha para o céu e vê que é azul. Considera-se, tradicionalmente, que a lógica, a matemática e a filosofia são disciplinas a priori porque têm por objecto problemas cuja solução implica recorrer ao pensamento puro. A história, a física e a economia, por exemplo, são disciplinas a posteriori porque têm por objecto de estudo fenómenos que só podem ser conhecidos através da experiência; por exemplo: para saber em que ano Buzz Aldrin e Neil Armstrong foram à Lua é necessário consultar documentos históricos; para saber qual a taxa de inflação em Portugal em 2003 é necessário consultar dados económicos.
2. Diz-se que um argumento é a priori quando todas as suas premissas são conhecíveis a priori; e diz-se que é a posteriori quando pelo menos uma das suas premissas só pode ser conhecida a posteriori. Não se deve confundir o a priori/a posteriori com o analítico/sintético, nem com necessário/contingente.

Agnosticismo
A suspensão da crença em relação à existência de Deus. O agnosticismo forte é a ideia de que nunca poderemos descobrir se Deus existe ou não. Aquele que suspende a crença em relação à existência de Deus: nem acredita que Deus existe nem que Deus não existe.

Ateísmo
A afirmação de que Deus não existe.

Cognitivismo estético
Perspectiva filosófica acerca da arte, segundo a qual ela tem valor na medida em que serve para aumentar o nosso conhecimento. O cognitivismo estético é uma teoria funcionalista (ou instrumentalista), pois reconhece que a arte tem uma função, ao contrário do esteticismo. Um dos mais destacados defensores do cognitivismo estético é o filósofo americano Nelson Goodman.

Confirmação
Num bom argumento indutivo, as premissas confirmam a conclusão num grau elevado. Por exemplo, se observamos muitos corvos e constatamos que não há um único que não seja negro, encontramos assim dados que confirmam a hipótese de que todos os corvos são negros. Obviamente, não podemos ter a certeza de que esta hipótese é verdadeira, mas à medida que vamos observando cada vez mais corvos negros a probabilidade de a hipótese ser verdadeira (isto é, o seu grau de confirmação) vai aumentando.

Teísmo
Concepção acerca da natureza de Deus que defende serem as seguintes as suas características ou atributos: é o único criador do universo, é omnipotente (pode fazer tudo), é omnisciente (sabe tudo), é livre e é infinitamente bom. Esta ideia de Deus está associada às grandes religiões monoteístas e a discussão acerca da existência de Deus tem sido, em grande parte, a discussão acerca da existência de um Deus com estas características. É o Deus teísta que está em causa quando, em filosofia, se discute o argumento ontológico, o argumento cosmológico, o argumento do desígnio, e o problema do mal.

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