“E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia m que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar.”
Susana Tamaro “Vai onde te leva o coração”
Será que nós comuns mortais, alguma vez ouvimos o nosso coração? Será que nos momentos de maior aflição, temos a calma suficiente para esperar, respirar fundo e só depois agir? Será que alguma vez temos o tempo e o silêncio necessário para ouvirmos o nosso coração, nesta tão agitada sociedade cheia de estímulos, barulhos, emoções e sensações em que vivemos?
Não, acho que não. Acho que na sociedade em que vivemos, não há tempo a perder, é tudo feito com pressa e às pressas, tudo numa correria. Tudo como se o mundo fosse acabar amanhã. É tudo vivido instantaneamente, não há metas nem planos a médio e a longo prazo. É tudo demasiado vivido no que nos dá um prazer instantâneo.
Qual é a consequência de uma vida baseada num prazer instantâneo? Pode ter algumas consequências boas, mas maioritariamente tem consequências más. Não sou apologista de uma “sociedade antiquada”, muito pelo contrário. Defendo as ideias modernas de organização da sociedade. Mas, acho que chegámos a um ponto em que já podemos definir a nossa sociedade. Entramos no inter-culturalismo que muito aprecio mas, ao mesmo tempo, entramos numa sociedade centrada em milhões e milhões de “eu’s”, em que o importante somos nós mesmos, os nossos prazeres, as nossas alegrias, a nossa maneira de arranjarmos um meio de subsistência, e em que os outros, os nossos amigos, a nossa família já fazem parte de um segundo plano. Algo acessório, quase com um extra, uma benesse para uma vida mais feliz…
Chegamos ao ponto, em que os outros quase não interessam e já nem ouvimos as ideias do nosso coração. Até as necessidades básicas das pessoas, tais como alimentarem-se, já faz parte de um segundo plano também, já não é feita com calma nem de uma maneira a tirar algum prazer do que ingerimos, é tudo feito à pressa de maneira a perdermos o menor tempo possível…
Quase que diria que… vivemos na sociedade do tempo egocêntrico. Em que tudo gira à sua volta, tudo é dependente dele e, um segundo perdido significa quase a perda de um império pessoal, porque o importe sou eu e os meus interesses. O resta não interessa.
Mas será que assim somos felizes ou que atingimos qualquer tipo de felicidade? Com efeito, podemos ter uma felicidade instantânea decorrente de algo imediato, mas não é possível concretizar um plano de felicidade para a totalidade da vida. Já é muito raro encontrarmos um casal em que vemos que o seu amor é para sempre. Vermos alguma coisa que consigamos dizer, “sim isto é para sempre!” já é tão raro. E fico triste, por isso, não é tão bom vermos esse tipo de coisas consideradas “eternas”.
Não temos tempo para nos sentarmos, para esperarmos, para respirarmos e ouvirmos o nosso coração. Não há tempo, o nosso interior deixa quase de ter importância, é muito mais importante não perder tempo. Todavia, isso faz-nos infelizes. Por isso, “recapitulando”, devemos sempre escutar o nosso coração. Mesmo quando pensamos que não, ele sabe sempre o que é melhor para nós… ele pensa a longo prazo, pensa numa felicidade para a vida, não se contenta com um prazer e felicidade instantânea, porque ele precisa de muito mais, algo que só o ouvindo com calma, silêncio e tranquilidade conseguimos perceber.
Susana Tamaro “Vai onde te leva o coração”
Será que nós comuns mortais, alguma vez ouvimos o nosso coração? Será que nos momentos de maior aflição, temos a calma suficiente para esperar, respirar fundo e só depois agir? Será que alguma vez temos o tempo e o silêncio necessário para ouvirmos o nosso coração, nesta tão agitada sociedade cheia de estímulos, barulhos, emoções e sensações em que vivemos?
Não, acho que não. Acho que na sociedade em que vivemos, não há tempo a perder, é tudo feito com pressa e às pressas, tudo numa correria. Tudo como se o mundo fosse acabar amanhã. É tudo vivido instantaneamente, não há metas nem planos a médio e a longo prazo. É tudo demasiado vivido no que nos dá um prazer instantâneo.
Qual é a consequência de uma vida baseada num prazer instantâneo? Pode ter algumas consequências boas, mas maioritariamente tem consequências más. Não sou apologista de uma “sociedade antiquada”, muito pelo contrário. Defendo as ideias modernas de organização da sociedade. Mas, acho que chegámos a um ponto em que já podemos definir a nossa sociedade. Entramos no inter-culturalismo que muito aprecio mas, ao mesmo tempo, entramos numa sociedade centrada em milhões e milhões de “eu’s”, em que o importante somos nós mesmos, os nossos prazeres, as nossas alegrias, a nossa maneira de arranjarmos um meio de subsistência, e em que os outros, os nossos amigos, a nossa família já fazem parte de um segundo plano. Algo acessório, quase com um extra, uma benesse para uma vida mais feliz…
Chegamos ao ponto, em que os outros quase não interessam e já nem ouvimos as ideias do nosso coração. Até as necessidades básicas das pessoas, tais como alimentarem-se, já faz parte de um segundo plano também, já não é feita com calma nem de uma maneira a tirar algum prazer do que ingerimos, é tudo feito à pressa de maneira a perdermos o menor tempo possível…
Quase que diria que… vivemos na sociedade do tempo egocêntrico. Em que tudo gira à sua volta, tudo é dependente dele e, um segundo perdido significa quase a perda de um império pessoal, porque o importe sou eu e os meus interesses. O resta não interessa.
Mas será que assim somos felizes ou que atingimos qualquer tipo de felicidade? Com efeito, podemos ter uma felicidade instantânea decorrente de algo imediato, mas não é possível concretizar um plano de felicidade para a totalidade da vida. Já é muito raro encontrarmos um casal em que vemos que o seu amor é para sempre. Vermos alguma coisa que consigamos dizer, “sim isto é para sempre!” já é tão raro. E fico triste, por isso, não é tão bom vermos esse tipo de coisas consideradas “eternas”.
Não temos tempo para nos sentarmos, para esperarmos, para respirarmos e ouvirmos o nosso coração. Não há tempo, o nosso interior deixa quase de ter importância, é muito mais importante não perder tempo. Todavia, isso faz-nos infelizes. Por isso, “recapitulando”, devemos sempre escutar o nosso coração. Mesmo quando pensamos que não, ele sabe sempre o que é melhor para nós… ele pensa a longo prazo, pensa numa felicidade para a vida, não se contenta com um prazer e felicidade instantânea, porque ele precisa de muito mais, algo que só o ouvindo com calma, silêncio e tranquilidade conseguimos perceber.
Mariana 11ºB
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