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segunda-feira, 26 de abril de 2010

O HOMEM DO LEME



O Homem Do Leme

Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do
leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo do mar
jazem os outros,
os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo,
impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade,
rompendo a saudade,
vai quem já nada teme,
vai o homem do
leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

Xutos e Pontapés

2 comentários:

Ibel disse...

"E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,a vida é sempre a perder..."


Eu tenho vontade de rir e de partir.Bela maneira de começar o dia.

Isabel disse...

Ibel, fico contente por essa "vontade de rir e partir." Deixa as páginas dos livros desfolharem e voarem, é bom sinal, sinal de VIDA.