Bach não foi um autor revolucionário ao estilo de Beethoven, Wagner ou Schonberg. Foi, sim, um autor «enciclopédico»: sintetizou de forma genial o conhecimento musical do seu tempo e criou uma obra forte que influenciou de modo cabal as gerações posteriores. A sua música constitui um exemplo de mestria, caracterizando-se por dominar com precisão matemática os problemas formais do contraponto e por incluir obras para teclado em que cinco linhas melódicas se desenvolvem em simultâneo. Apesar de ser considerada cerebral, esta música possui uma profunda humanidade.
Existem poucas experiências tão emocionantes quanto observar a maneira magistral como Bach regressa a um tema original depois de uma série de surpreendentes variações. Em Bach, espírito e matéria fundem-se admiravelmente. E se o estudo e o trabalho incansável foram a base do seu trabalho, a fé jogou um papel fundamental, na medida em que o ajudou a lutar contra a adversidade.
EditorialSol90 - Expresso
3 comentários:
amanhã, quando acordar,vou ouvir Bach.Tenho-me esquecido dele.
Que professora empenhada! até no dia de Natal,o blog Katarsis continua activo.PARABÉNS!
Lia, de vez em quando sinto necessidade de ouvir Bach. Costumo dizer que se os anjos existem, a música de Bach é a que eles tocam junto do trono de DEUS. É a música onde se funde a leveza de uma pena e a transparência do firmamento.
bjinhos.
Não aprecio música clássica mas ando a tentar porque me habituei a aulas com música de fundo para acompanamento de leituras.Gostei deste comentário e concordo com ele, embore em relação a outro tipo de música"É a música onde se funde a leveza de uma pena e a transparência do firmamento."
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