No meu local de trabalho, nunca me senti vítima de preconceitos ou tratamento racista por parte dos meus colegas, professores, alunos ou da direcção. Se tivesse essa infelicidade, teria que enfrentá-la sem problema olhando as pessoas nos olhos, explicando-lhes de uma forma amigável e que clara que somos todos diferentes, mesmo as pessoas gémeas são diferentes. A cor da pele não me preocupa, sinto orgulho por aquilo que sou. A inteligência, a competência, o carácter, a disciplina e a organização, não se devem à raça ou à cor da pele.
O preconceito às vezes existe na cabeça das pessoas, gentes inseguras, problemáticas, sem auto-estima própria. A educação que recebemos da nossa família, prepara-nos bem ou mal para enfrentarmos a sociedade, os obstáculos e as vicissitudes da vida.
Viver não custa, basta cumprir as nossas obrigações, apostar na formação permanente para enfrentar o mercado laboral. É preciso preparar as pessoas, mentalizá-las porque o problema sempre existiu, temos que ter ferramentas para enfrentar os obstáculos que cruzam o nosso caminho.
A experiência que eu tenho de preconceitos e xenofobia, aconteceu quando jogava futebol. Em tom de provocação, o público afecto à equipa visitada, insurgia-se contra mim, com palavras "simpáticas e amigas" tais como: "vai para a tua terra, escurinho, filho..." Contornava a situação, mantendo-me bem concentrado no jogo e fazendo as coisas bem feitas como costumava fazer.
A função da assistência da equipa adversária, era tentar condicionar os jogadores mais influentes da nossa equipa, recorrendo à preconceituosa estratégia do insulto.
José Carlos Mendes Lopes -EFA - Sec. A Arcozelo das Maias
Escola EB, 23/Sec. Oliveira de Frades
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