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sábado, 26 de abril de 2008

Ensaio

Será o Homem um produto da razão ou um produto do desejo?
“Homo Eximias”

O título que dei a este texto: “Homo Eximias” (em português: pessoa extraordinária) leva-me sem dúvida para uma reflexão profunda sobre a pergunta colocada: “Será o Homem um produto da razão ou um produto do desejo?”. Será que existem pessoas extraordinárias? Este conceito de extraordinárias que coloquei no título pretende levar-nos para uma dimensão de perfeccionismo, de comparação entre pessoas (mais adiante abordarei este ponto)! Contudo este conceito de “eximias” é bastante subjectivo. Ao longo deste texto irei expor o meu ponto de vista acerca do tema principal falando da razão e do desejo e também deste perfeccionismo que queremos encontrar nas pessoas mas que muito dificilmente o conseguiremos.
Ao desfolhar o dicionário: por acaso ou intencionalmente, reparamos, entre outras palavras, que temos o significado de “desejo” e de “razão” (como é óbvio são as palavras importantes para este tema). “Desejo” é definido como o acto ou efeito de desejar; vontade; apetite; inspiração. Por sua vez, a palavra “razão” é definida como a faculdade de bem julgar, isto é, de discernir entre o bem e o mal; raciocínio; motivo; justificação. Todos nós sabemos que existem homens que são produto apenas da razão.
Outros, por outro lado, são apenas produtos do desejo mas temos outros ainda que são um produto de ambas (e estas para mim são, neste tema, aquelas pessoas que considero “perfeitas”, que comparadas com as outras são as tais “Homo Eximias”).
As pessoas que são produto da razão são aquelas que passam a vida a ver o que é bem e o que é mal, a dizer que não fazem isto porque (…) e que nunca iriam aquele lugar dado que (…). As pessoas que são apenas produto do desejo, são as mais maquiavélicas, aquelas que não olham os meios para atingir os fins e que são capazes de pisar tudo e todos para conseguirem ter o que querem. E por fim ainda há aquelas, tal como referi atrás, que sabem, que usam a razão e o desejo como acção recíproca, que sabem que se desejarem têm de “ver” o ponto de vista da razão e vice-versa.
Sem dúvida aquelas que são um produto do desejo são as que suscitam mais dúvidas e que por mim podem estar longe. Mas cada vez mais se vê que as pessoas já não ligam nenhuma a quem as ajuda. Estamos a chegar a um tempo em que “quanto mais mau melhor”. Nem todas as pessoas pensam assim mas algumas já seguem esse caminho. Mais vale ser apenas um produto da razão do que do desejo. Mais vale deixar coisas por fazer porque isso é que é correcto do que simplesmente estragar a vida com coisas fúteis que nem nos fazem andar nem desandar. Contudo a maioria das pessoas sabe ter uma porção q.b. da razão e do desejo ao mesmo tempo. E por isso neste campo são as tais pessoas perfeitas como já referi. Mas quando aqui estou a falar em pessoas perfeitas (que totalmente não existem), estou a fazer uma comparação entre estes três “tipos” de pessoas. O Homem é sem sombra de dúvidas uma multiplicação de estados e momentos que se repercutem nos seus comportamentos, por vezes guiados pela razão, outras vezes guiados pelos desejos e outras vezes ainda guiados por ambos.
Em suma, o importante é desejar para podermos pensar e vice-versa e sonhar, sonhar e sonhar, porque sonhar permite-nos “viajar e vermos, e aprendermos o que queremos aprender “ para que depois possamos decidir sempre som a consciência do que estamos a fazer e bom para nós e para os outros.

Ana Paula Sousa Tavares
Nº5 12ºA

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