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sexta-feira, 25 de abril de 2008

O Sentido da Vida


“ O desespero consiste em imaginar que a vida não tem sentido. “
Chesterton

Coloco muitas vezes a mim mesmo a seguinte questão:

- Será que a vida tem sentido?
Sendo eu um ser humano, com ideias, convicções, projectos de vida e tudo mais que nos é comum, questiono-me vezes sem conta acerca deste problema. E ele não parece ser apenas o “meu” problema, mas sim o problema de toda a humanidade. Nos séculos passados haviam, sem dúvida, os mesmos problemas que ainda hoje nos assolam, como demonstra o legado filosófico dos nossos antecessores.
De facto, sinto um certo constrangimento perante o problema da morte, pois este parece tirar o sentido a tudo o que vivemos, às causas por que lutámos, às coisas que construímos e a tudo o que de facto valorizamos. Por conseguinte, digo: para quê lutar por uma vida que não se detém no caminho para a morte?
A morte é a nossa “reforma prometida”, aquela que é mais certa que qualquer axioma, aquela que podemos “enganar” momentaneamente mas não vencer, aquela que sabemos que existe mas que nunca queremos conhecer. E, no entanto, ela parece ser tão vital quanto a vida, pois sem morte não há vida e sem vida não há morte. Vida e morte são inseparáveis, embora quase nunca pensemos nisso, tal como raramente pensamos na nossa idade. O ser humano vive de uma forma quase intemporal sem o ser e quer ser eterno sem o desejar de facto. Haverá alguém que depois de uma reflexão racional deseje viver para sempre, tendo em conta que continuará a envelhecer, que poderá ser infeliz e que mesmo querendo não poderá nunca deixar de viver? Supondo que alguém fosse tão infeliz, que vivesse no maior tédio e que nada lhe desse o mínimo gozo, será que a imortalidade seria ainda assim algo tão apetecível? Quando se fala de imortalidade, as pessoas parece quererem impor regras ou condições e, dessa forma, cada ser humano escolheria as suas, o que não parece ter muito sentido. As regras da vida e da morte estão determinadas e a nós cabe-nos aproveitar a oportunidade que cada tem por existir, porque ela é única e ao fim e ao cabo … só se vive uma vez.

Anónimo

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